quinta-feira, 23 de julho de 2009

Nutrição de cavalo atleta

Como é do conhecimento de todos, o cavalo é um animal originalmente herbívoro, assim sendo, suas necessidades nutricionais deveriam ser totalmente supridas pela ingestão de volumosos, ou seja, pelo pasto verde. Porém, a mudança dos hábitos naturais dos eqüinos, forçado pelo manejo imposto pelas rotinas de treinamento e preparação esportiva, leva o cavalo a alterar seu metabolismo e suas necessidades nutricionais.
Naturalmente um cavalo adulto precisa de uma dieta que contenha de 8 a 12% de proteína, o que é facilmente obtido pelos hábitos variados de pastejo, porém algumas gramíneas podem não atingir este índice, necessitando assim da adição de leguminosas, como a alfafa, por exemplo, que pode conter de 13 a 23% de proteína. As necessidades proteicas são importantes no que tange o desenvolvimento e a conformação do animal, porém perdem sua importância com a chegada do animal a idade adulta.
Com o uso de volumosos de boa qualidade, as necessidades básicas do animal de esporte ou trabalho, são parcialmente supridas, porém, nestes casos, a necessidade energética está aumentada, necessitando assim ser suplementada. A suplementação energética pode ser feita através da adição de grãos com alto teor de energia, como o milho, por exemplo. Porém, os grãos nunca devem ultrapassar 50% do total da dieta do animal.
Com o avanço das pesquisas e desenvolvimento das indústrias de rações concentradas, estas relações podem ser mais facilmente ajustadas, pois os concentrados comerciais (rações) para animais de trabalho e esporte, aportam além dos grãos, outros suplementos energéticos como melaço ou outras fontes de açúcares.
Apesar de toda a ênfase dada ao aspecto energia, este item ocupa apenas a terceira posição em uma escala de importância na nutrição dos cavalos atletas, sendo precedida pela água e pelos eletrólitos (sais orgânicos), respectivamente.
Os cavalos podem perder toda a gordura e mais da metade da proteína existente em seu organismo, enquanto que uma perda de apenas 12 a 15% de água corpórea pode ser fatal. A perda de água em volumes menores resulta em fadiga, principalmente muscular, e performance esportiva insatisfatória. As necessidades de água podem ser facilmente supridas, deixando água a disposição dos animais, e fornecendo a mesma, de 60 a 90 minutos após a prática de esforços físicos, preferencialmente após a ingestão de pasto verde.
A perda dos sais orgânicos através do suor e da urina, também são responsáveis pela fadiga e fraqueza muscular, e ainda podem diminuir a resposta do centro da sede, acentuando o quadro de desidratação, e reduzindo a sede e o apetite do animal. Além deste quadro, a perda excessiva de substâncias como cálcio, podem levar a tremores, espasmos e tetanias musculares, o que normalmente chamamos de “tetania por estresse”. Estas perdas podem ser evitadas através do uso de composições comerciais contendo os principais sais perdidos durante o exercício.
Com relação as fontes de energia, elas podem ser carboidratos, proteínas ou gorduras, sendo ainda muito discutido, qual delas é a mais facilmente utilizada pelo animal. Sabe-se que a utilização de óleos vegetais, em doses de 100 a 1000ml por dia, podem ser muito benéficas, tanto para a aparência (brilho de pelo), como para disponibilidade de energia. Além disso, existe uma grande quantidade de suplementos comerciais com a finalidade de aumentar a disponibilidade de energia, normalmente com fonte nos açúcares (frutose, glicose, dextrose) e aminoácidos (proteínas).
Os uso destes suplementos é de extrema importância devido as fortes rotinas de treinamento e competição impostas aos animais, porém, isto deve ser feito com muito critério, e sempre com o acompanhamento de um Médico Veterinário, a fim de definir que tipo de suplemento é o mais adequado para cada animal em cada fase e/ou situação de treinamento, idade ou tipo de atividade física realizada por este animal.



Médico Veterinário Henrique R. Noronha
CRMV RS 09144

BANBEIRA OU MIELOENCEFALITE POR PROTOZOÁRIO (MEP)

“Mieloencefalite eqüina por protozoário (MEP) é uma doença neurológica, infecciosa e freqüentemente fatal de eqüinos”, conhecida também por “bambeira”. Estudos atuais demonstram como agente etiológico, um protozoário do gênero Sarcocystis, sendo hoje a espécie S. falcatula a responsável, diferente do que se acreditava há pouco tempo, onde a espécie responsável era a S. neuroma (RIET-CORREA, et al., 1998).
A MEP foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 1964, mas hoje já se conhece sua difusão por todas as Américas, dando destaque aos EUA, Canadá, Panamá e Brasil. Só dez anos depois de sua descoberta, foi identificado um protozoário semelhante ao Toxoplasma, em cortes histopatológicos.
Alguns estudos descrevem que os animais acometidos clinicamente tinham em média 8 anos de idade.
A MEP é uma doença esporádica, de ocorrência ocasional como epidemia em áreas restritas. Infecciosa, mas não contagiosa, sendo os eqüinos hospedeiros acidentais e terminais.
O hospedeiro definitivo é o gambá (Didelphis virginiana) (Fenger et al.,1997; Dubey et al., 2000). Esporocistos de S. neurona foram recentemente isolados de gambás no Brasil (Didelphis albiventris) (Dubey al., 2001b). O hospedeiro intermediário natural não é conhecido (Dubey al., 2001a). Experimentalmente verificou-se que os gatos podem atuar como hospedeiro intermediário.
Extrapolando o que se sabe sobre o gênero Sarcocystis, acredita-se que o cavalo infesta-se através da ingestão de esporocistos infectantes eliminados nas fezes dos hospedeiros definitivos (predadores), que podem ainda ser carreados pelos hospedeiros intermediários como aves e insetos (presas). Porém com relação ao S. falcatula isso ainda é apenas especulação.
Os esporocistos excistam no intestino delgado do eqüino, liberando esporozóitas que penetram no revestimento intestinal e entram na corrente sanguínea. Estes parasitas parecem obter acesso ao SNC pela penetração direta da barreira hematoencefálica. Também pode ocorrer entrada passiva dentro dos leucócitos. Os parasitas se multiplicam dentro dos neurônios e leucocitos, resultando em morte celular.
O início dos sinais clínicos pode ser gradual, porém é mais típico que esses sejam sinais discretos na fase aguda, às vezes com progressão muito rápida.
As lesões de medula espinhal parecem ser mais freqüentes que as ocorrentes no cérebro e, portanto os sinais de apresentação mais comuns são atribuíveis à lesão medular. Estes sinais são ataxia progressiva, e ocasionalmente, claudicação mau definida e de longa duração. Como este distúrbio provoca a degeneração das substâncias cinzenta e branca, tanto a astenia como a atrofia muscular são achados importantes da forma espinhal da afecção. Na prática, nota-se dificulade de andar em linha reta, dificulade de apoio nos giros (spins), dando “impressão” de “tontura”.
Alguns autores ainda citam que nos casos em que as lesões ocorrem no cérebro, as conseqüências também podem ser variáveis, dependendo, em grande parte, do local e da extensão das alterações. Assim nervos cranianos individuais podem tornar-se afuncionais, resultando em incapacitações bem definidas. Um efeito relativamente comum são as lesões unilaterais, envolvendo as funções motoras do nervo trigêmeo, e acarretando em dramática atrofia dos músculos masseter, digástrico e temporal, o que chega a ser considerado um sinal patognomônico em regiões endêmicas.
Em termos de patologia, as lesões são restritas ao SNC, sendo mais freqüentes na medula espinhal do que no cérebro. Dentro da medula são mais freqüentes na substância branca. São lesões de extensões variáveis e consistem de áreas de amolecimento e alteração da cor (vermelha ou marrom-acinzentada) em virtude de necrose e hemorragia. Microscopicamente, observam-se malácia (necrose) e reação inflamatória (mielite, mieloencefalite) não supurativa. Em cerca de 50% dos casos, o microorganismo não é observado nas preparações histológicas rotineiras.
A detecção dos anticorpos contra S. falcatula no liquor e no soro, é o teste mais útil para o diagnóstico clínico definitivo. Porém, esse exame envolve técnicas especiais (“westernblot”, PCR), normalmente não disponíveis nos laboratórios de diagnóstico do país. O liquor pode ser coletado dos espaços atlanto-occipital ou lombossacral, sendo este último, o de eleição, pois na maioria dos casos de MEP, as lesões estão situadas caudalmente ao espaço atlanto-occipital (nuca, primeiras vértebras). Deve ser levado em conta que cavalos clinicamente sadios podem apresentar anticorpos contra S. falcatula no liquor.
O diagnóstico presuntivo baseado nos sinais clínicos e na resposta ao tratamento específico são um bom método diagnóstico.
A MEP pode ser inicialmente confundida com outras enfermidades neurológicas dos equinos, daí a importância dos diagnósticos diferenciais, com traumas encefálicos, traumas medulares, mielopatia cervical estenótica, doença do neurônio motor, otite média/interna, mielite equina por herpesvírus, entre outras.
O tratamento consiste no uso de formulações comerciais orais, líquidas de sulfadiazina e pirimetamina, comercialmente preparada, na dose recomendada, uma vez ao dia. E ainda, uma segunda dose de sulfadiazina oral 12 horas mais tarde, tem sido recomendada, porém, sem comprovação da real eficácia. Nas duas situações o tratamento deve ser continuado por pelo menos 1 mês após o desaparecimento dos sinais. A média de duração deste tratamento está em torno de 4 meses.
Alguns autores indicam o uso de antiinflamatórios não esteroidais nas primeiras 1-2 semanas de tratamento e em qualquer momento que a condição possa piorar o quadro agudo do animal. A flunixin meglumine 2 vezes ao dia, é a mais recomendada, assim como a fenilbutazona, uma vez ao dia. O uso de corticóides deve ser evitado ao máximo devido aos efeito da imunodepressão.
Brow e Bertone (2005) cita como medicamento alternativo o diclazuril e toltrazuril de 5-10mg/kg, via oral, 1 vez ao dia, durante 28 dias, onde diversos testes os têm mostrado como muito eficientes, principalmente no que diz respeito às recidivas. Tornando-se hoje, o medicamento mais utilizado nestas situações.
Medidas como acompanhamentos periódicos, cama de maravalha com mais de 40 centímetros de altura, são recomendadas por todos os autores que foram revistos.



Henrique Noronha
Médico Veterinário – CRMV RS 09144
henrique@pampacomercial.com.br

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ARTRITE TRAUMÁTICA

Artrite é um termo que define de forma básica qualquer processo inflamatório que atinge articulações. Isto pode ocorrer nas estruturas que compõe as articulações de forma isolada ou em conjunto. A artrite serosa ou traumática tem origem em traumas como coices ou pancadas em obstáculos durante o salto, ou ainda traumas indiretos decorrentes de má conformação dos membros que acabam acarretando em sobrecarga das estruturas articulares.
A artrite traumática inclui uma série de episódios únicos ou repetidos de trauma, podendo incluir quadros de sinovite (inflamação da membrana sinovial), capsulite (inflamação da cápsula articular fibrosa), torção (danos ao ligamentos específicos associados a articulação), fraturas intra-articulares e ainda rompimento dos meniscos (articulações femoro-tibiais).
Dividi-se as artrites traumáticas em três tipos, para facilitar o entendimento das causas e tratamento, são elas: “Tipo 1- sinovite e capsulite traumáticas sem distúrbios nas cartilagens articulares ou rompimento das estruturas de apoio principais. Tipo 2- trauma com rompimento e danos à cartilagens articulares ou ruptura completa das estruturas de apoio principais. Tipo 3- osteoartrite pós-traumática, onde há grande dano tecidual” (Stashak, 1994).
Neste artigo trataremos com mais detalhes apenas a sinovite e capsulite traumática de tipo 1.
A sinovite e capsulite traumáticas podem ocorrer como resultado de episódios únicos ou múltiplos de trauma a uma articulação. A situação clínica mais comum ocorre nas articulações do carpo ou boleto dos cavalos jovens.
Os traumas continuados ou repetidos (traumas de utilização), não são um fato isolado, mas um conceito etiológico central dos problemas de carpo e boleto. As corridas provocam estresse repetido nos tecidos duros e moles da articulação, um condicionamento inadequado leva a fadiga precoce e superextensão do carpo.
A seqüência dos eventos que acarretam as lesões de boleto é incerta, porém, é provável que a efusão sinovial em associação com a sinovite ocorra inicialmente, resultando em um problema menor. Se o problema não for reconhecido, sob um treinamento contínuo, ocorre o espessamento da cápsula articular fibrosa e as alterações degenerativas progridem.
A carpite se apresenta com uma claudicação evidente e encurtamento da fase cranial do passo devido à diminuição da flexão do carpo. Pode ocorrer um inchaço variável na cápsula articular e tecidos periarticulares e ainda, há uma tendência do cavalo manter o carpo ligeiramente flexionado, quando em estação.
A pressão digital na articulação pode causar dor, e a flexão do carpo pode ser utilizada para definir o enrijecimento da articulação e o grau de dor.
Animais com sinovite-capsulite na articulação metacarpofalangeana movem-se com andar entrecortado, se estiver afetado bilateralmente, se apenas um membro estiver afetado, o cavalo apresentará uma claudicação evidente nesse membro.
É recomendado o uso de radiografia para determinar se há crescimento de substâncias ósseas e para avaliar a sua relação com as superfícies articulares. Os casos em estágio inicial não apresentam alterações radiográficas.
O diagnóstico da carpite é considerado simples, com base nos sintomas descritos anteriormente, todavia, a radiografia é importante para eliminar as fraturas intra-articulares, bem como para avaliar outras possíveis alterações patológicas.
Em relação ao tratamento, as possibilidades são diversas e podem servir para cura ou apenas para proporcionar condições mínimas do animal realizar determinado exercício. O repouso e a imobilização são de grande utilidade nos casos agudos da inflamação e lesão capsular, porém a “industria do cavalo”, freqüentemente, impede o uso adequado desta técnica, que em muitos casos permitiria uma recuperação completa.
De qualquer forma, o repouso ou imobilização devem permitir flexões passivas, a fim de evitar atrofia muscular ou formação de adesões no interior da articulação. Ainda recomenda-se hidroterapia fria ou gelo, principalmente em casos agudos.
Os corticosteróides intra-articulares são largamente utilizados nestas situações. Seu uso é justificado por serem os antiinflamatórios de maior potência disponíveis, e que auxiliam na volta da membrana sinovial ao seu estado normal, além de reduzir o nível de subprodutos da inflamação nocivas à articulação. Os sintomas da inflamação diminuem de forma muito marcada, logo após a aplicação destes corticosteróides intra-articulares.
Estudos em coelhos mostram que as injeções de corticóides tem efeito nocivo aos condrócitos e ainda ocorre a depleção das glicosaminoglicanas da cartilagem articular. Ainda foi demonstrado uma diminuição da elasticidade e no conteúdo de glicosaminoglicanas. Porém, estudos realizados em humanos e eqüinos têm enfatizado que os efeitos negativos dos corticóides, na síntese de proteinoglicanas, são mais que compensados pelos outros efeitos favoráveis, inibindo a quebra das proteinoglicanas, induzidas por enzimas lisossomais e prostaglandinas.
O uso de corticosteróides intraarticulares foi considerado controverso, e condenado por diversos autores, porém Stashak (2003) cita novos estudos, onde os corticosteróides intraarticulares mostram-se recomendados, em algumas lesões articulares, pois seus efeitos maléficos, como a depleção dos condrócitos por exemplo, são expressivamente menores que seus benefícios, como a grande potência na inibição da atividade das células inflamatórias, incluindo neutrófilos, monócitos e macrófagos.
O mesmo autor cita que baixas doses de corticosteróides afetam a fagocitose dos neutrófilos, a estabilidade da membrana lisossomal, inibição de enzimas, inibição da produção de prostaglandina e ainda afetam as atividades específicas de algumas proteinases.
Stashak (2003) ainda descreve estudos realizados em humanos, onde, verificou-se que a expressão de RNA mensageiro para colagenase e o escore histológico de inflamação foram diminuídos após a administração de Triancinolona na articulação, mas o corticosteróide não suprimiu as atividades da estromilisina, que ativa as células sinoviais de eqüinos, in vitro.
O mesmo autor ainda relata que a perda progressiva de proteinoglicanas, colágeno e síntese de proteínas só foram observados em aplicações de altas dosagens de corticosteróides, por períodos superiores a doze semanas.
O hialuronato de sódio mostrou grande vantagem em seu uso sobre os corticóides puros. Foi demonstrado que o ácido hialurônico age como um lubrificante por contigüidade das membranas sinoviais e também foi proposto que ele influencia a composição do líquido sinovial por interferência espacial.


Henrique Noronha
Médico Veterinário CRMV RS 09144
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quarta-feira, 22 de julho de 2009

SUPLEMENTOS PROTÉICOS (AMINOÁCIDOS) PARA EQUINOS

As proteínas são compostos formados por combinações de Aminoácidos diversos, como se os Aminoácidos fossem as letras do alfabeto, e as proteínas, as palavras. Em geral, as proteínas são compostas por 22 Aminoácidos diferentes. Todos eles são necessários para a síntese das proteínas corporais, porém alguns podem ser produzidos no próprio organismo, os chamados NÃO ESSENCIAIS, em quanto outros devem ser suplementados ou sintetizados por microorganismos do Trato Intestinal, os chamados ESSENCIAIS ou INDISPENSÁVEIS. As proteínas ricas em Aminoácidos essenciais são chamadas de proteínas de ALTA QUALIDADE. Os Aminoácidos essenciais são Lisina, Metionina, Treonina e Triptofano.
Os alimentos de boa qualidade, normalmente oferecidos aos eqüinos, junto a atividade microbiana do Intestino Grosso (ceco e cólon), proporcionam uma quantidade geralmente, suficiente de Aminoácidos para preencher as exigências dietéticas do eqüino em manutenção, porém isso pode não ocorrer em animais em lactação ou crescimento, bem como em atividades físicas, mesmo quando moderadas.
A quantidade de proteína exigida na dieta depende das exigências individuais do eqüino, como peso, fase de vida e exercícios, da qualidade da proteína disponível, como digeribilidade, quantidade de Aminoácidos Essenciais e da quantidade de ração e forragem disponibilizados. As exigências protéicas dos eqüinos, também variam de acordo com as exigências energéticas e teor energético da dieta, pois este item é um importante limitante de ingesta.
As proteínas dos grãos (ração) ou suplementos, em geral, são digeridas e absorvidas no Intestino Delgado, onde ocorre a absorção da maioria dos nutrientes, exceto a água, já as proteínas de forragens (pastos e fenos) são digeridas e absorvidas (em parte) no Intestino Grosso. Como média, as proteínas disponibilizadas aos eqüinos, possuem de 45 a 85% de digeribilidade, sendo as mais baixas, proteínas com origem em forragem, e as demais, provenientes dos grãos.
Ao contrário do que se acreditava, as exigências protéicas aumentam proporcionalmente ao aumento de atividades físicas. Este aumento ocorre por três fatores básicos, aumento do desenvolvimento de massa muscular com aumento de condição física (o mais importante), aumento de teor protéico muscular (força de contração e desgaste) e perda de nitrogênio no suor, embora as perdas de nitrogênio, diminuam com a melhoria do condicionamento físico, bem como o suor.
A quantidade e qualidade da proteína são ainda mais importantes no crescimento, ou seja, do desmame até os dois anos. Os eqüinos jovens exigem uma quantidade superior de lisina que a disponível na maioria dos alimentos tradicionais. Os Aminoácidos Metionina e Triptofano, também são normalmente mais baixos que o necessário nesta fase da vida. E ainda, no caso de potros criados somente em pastagem, e possível uma deficiência do Aminoácido Treonina. Sem dúvida, a Lisina é o principal Aminoácido do crescimento, porém, a limitação de qualquer Aminoácido Essencial, diminui a capacidade do animal, de aproveitar os demais Aminoácidos.
Na caso de éguas gestantes e lactantes, os Aminoácidos Lisina e Metionina são de extrema importância para o desenvolvimento dos potros, dos três últimos meses de gestação até os seis primeiros meses de vida (lactação).
Em casos de excesso protéico na dieta, o nitrogênio (amônia) é removido dos Aminoácidos que formam a proteína, e o restante dos Aminoácidos é usado para energia, caso não seja necessário energia no momento, este excesso é armazenado como gordura ou glicogênio, para uso posterior. A amônia é convertida em uréia, pelo fígado, e este excesso de uréia é excretado na urina. Quanto mais proteínas ingeridas acima das exigências, maior será o fluxo sanguíneo nos rins, mas isso, ao contrário dos humanos, não causa qualquer prejuízo à saúde dos eqüinos, desde que a ingesta de água seja regular.
O uso de prebióticos e probióticos, regularmente na suplementação de eqüinos, potencializam a digeribilidade das proteínas, principalmente de forragens, e estimulam a atividade microbiana do Intestino Grosso, assim, a síntese de proteínas microbianas é aumentada significativamente. Além deste fator, o uso de culturas levedurais (Saccharomyces cerevisiae), que são os pre e os probióticos, aumentam a concentração plasmática dos triglicerídeos, o que resulta na melhor utilização da gordura corporal. Em experimentos científicos, após quatro semanas de uso de probióticos, a concentração de hemoglobina pós exercício estava mais alta, em quanto o lactato e a freqüência cardíaca estavam diminuídas, isto significa que os animais apresentavam-se melhor condicionados fisicamente, e tiveram menor desgaste físico durante o exercício.
Suplementos como o ORGANNACT MUSLCE HORSE tem exatamente este objetivo, possui um quantidade ímpar de leveduras, e uma concentração perfeitamente equilibrada de diversos Aminoácidos imprescindíveis ao exercício e ao desenvolvimento de massa muscular, entre eles, os quatro Aminoácidos Essenciais. Além do desenvolvimento de massa muscular, o Aminoácido Triptofano, presente em alta concentração no ORGANNACT MUSCLE HORSE, é precursor de uma substância chamada Serotonina, que é conhecida em humanos como estimulante do “bom humor”, e que nos eqüinos induz um temperamento mais dócil e tranqüilo, sem afetar o desempenho atlético.


Henrique R. Noronha
Médico Veterinário CRMV RS 09144
Clínica e Nutrição de Eqüinos
Pampa Produtos Veterinários Ltda.
henrique@pampacomercial.com.br

REIKI E EQUINOS

Reiki é sistema milenar de cura Tibetano que se vale dos recursos energéticos universais, no qual se alcança um estado de Paz, Harmonia e saúde plena.
A Energia Vital (Universal ou Cósmica) é transmitida através do terapeuta Reikiano, que em sua formação nesta área, tem seus Chakras Coronário, Cardíaco e das mãos, ativados, possibilitando captar a energia Cósmica com grande intensidade, irradiando-a pelas mãos ao paciente, revitalizando todo seu corpo, otimizando suas funções orgânicas, e eliminando estresse, tensão, dores, processos inflamatórios, acelerando a regeneração celular em ferimentos, cirurgias e fraturas.
Sabe-se do Reiki por volta de 1800, através do Dr. Mikao Usui, na Universidade de Kioto, no Japão. Pesquisador na China, Universidade de Chicago nos USA, entre tantos outros países, sempre em busca de explicações sobre as “curas milagrosas”, ou como alguns preferem, como “Jesus curava”.
A tradução não literal da palavra Reiki quer dizer: REI a “Mais alta inteligência (espiritualidade)” e KI, energia física que animais tudo que é vivo.
O Reiki em animais utiliza as mesmas técnicas que são utilizadas em humanos, as mesmas posições dos Chakras, diferenciando-se principalmente pela postura de quem recebe, e pelo tempo de aplicação, pois nas primeiras sessões de Reiki, os animais tendem ficar inquietos, o que muda bruscamente após a terceira ou quarta aplicação, onde os animais passam a seguir o terapeuta e esperar o tratamento.
Em pequenos animais, isso fica evidente, quando cães ou gatos chegam a postar a cabeça entre as mãos do terapeuta, ou eqüinos, que mesmo soltos param na frente do terapeuta Reikiano como a esperar “algo”.
Em eqüinos, apesar o uso de Reiki ser algo muito recente, e considerado “experimental” ainda, os resultados são excelentes! Tem sido utilizado nas mais diversas situações que a clínica de eqüinos, principalmente atletas, nos impõe no dia a dia.
Cavalos de temperamento difícil, agressivos, nervosos, agitados em excesso, tendem a exigir bastante atenção do terapeuta Reikiano, até por que, em alguns casos, não é possível nem mesmo, tocar no animal nas primeiras sessões. Os períodos de tratamento são extremamente variáveis, mas em geral, tem se atingido o sucesso após a décima sessão, onde os animais passam a ser mais receptivos ao tratamento, e já demonstram “entender” o que se passa, e aceitar a presença do terapeuta. A partir deste ponto, a mudança no temperamento é vista a “grossos” olhos, notam-se os animais calmos, alguns até ganhando mais peso, melhorando a pelagem e a “expressão facial”.
Outra situação normal do dia a dia dos cavalos atletas são as dores musculares e articulares, onde o Reiki tem mostrado grandes resultados tanto na prevenção como a redução da dor. Sabendo-se do efeito regenerador do Reiki, é possível entender o que ocorre. A recuperação dos animais usando os tratamentos alopáticos convencionais, comparado aos animais usando estes mesmos tratamentos junto ao Reiki, é extremamente grande, o que deixa claro, a sua função, sem excluir os medicamentos ou terapias convencionais.
Em casos de cólicas ou outros distúrbios do trato gastro-intestinal, o Reiki é um excelente auxiliar no alívio da dor, que normalmente, é extremamente grave nestas situações, bem como na recuperação de cirurgias, evitando algumas seqüelas que são comuns após estes procedimentos! Há citações até mesmo de cura de cólicas complexas, por torção, onde o Reiki foi utilizado junto a terapia alopática, porém sem cirurgia.
Vale salientar, que o Reiki em animais ainda é muito novo, e por tanto exige muito estudo e prática de quem aplica. Também é importante que a pessoa que aplica o Reiki, seja um Médico Veterinário de formação convencional e Terapeuta Reikiano, para que possa identificar claramente os problemas a serem tratados, bem como, se a situação, de fato, é indicada para o uso do Reiki!


Henrique Noronha
Medico veterinário CRMS RS 09144
Terapeuta Reikiano

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terça-feira, 21 de julho de 2009

CAVALGADA DO LITORAL 2009

25ª CAVALGADA DO LITORAL – ANO 2009

Encerrou no sábado, dia 21 de fevereiro, a 25º edição da Cavalgada do Litoral na localidade de Granja Vargas em Palmares do Sul.
A Cavalgada, organizada pelo Sr. Vilmar Romeira, saiu da cidade do Torres no dia 13 de fevereiro, com destino a Palmares do Sul, contando com a participação de mais de 3500 cavaleiros e mais de 3000 pessoas de apoio, fazendo um percurso aproximadamente 200 km em oito dias, pelas praias do litoral norte do Rio Grande do Sul.
A concentração da Cavalgada foi no Parque do Balonismo em Torres, onde os Piquetes e CTG´s foram recebidos pelo “Piquete de Comando” da Cavalgada, Governo do Estado, a Secretária de Cultura Monica Leal, o Prefeito de Torres, e diversas outras autoridades e personalidades do Movimento Tradicionalista Gaúcho.
A imprensa estava com forte presença na 25ª Cavalgada do Litoral com a cobertura de diversas televisões, jornais, revistas e rádios. O destaque ficou para o apresentador Lairton Pinheiro, o Marreka, da Radio Rural AM1120 do Grupo RBS, que acompanhou o percurso montado em uma mula chamada Brigitte.
De Torres a Cavalgada partiu as 7:30h para praia de Arroio do Sal, em um ótimo acampamento, com excelente recepção dos veranistas. Este foi o maior e mais difícil trecho do percurso. O clima estava ensolarado e a temperatura alta, já indicando, como seriam os próximos dias. A chegada em Arroio do Sal ocorreu por volta das 15:30h.
No domingo, no mesmo horário, a Cavalgada partiu de Arroio do Sal, com destino ao CTG João Sobrinho, na Praia do Barco em Capão da Canoa, com o clima semelhante ao dia anterior. A estrutura oferecida aos participantes, pelo CTG João Sobrinho e a prefeitura de Capão da Canoa, estava excelente. Muita sombra, água a vontade e uma paisagem fantástica junto a lagoa.
Deixamos Capão da Canoa com destinos a Santa Terezinha, na praia de Imbé na segunda-feira, onde permanecemos por dois dias, descansando. A organização local recebeu a Cavalgada com um ótimo rodeio, com tiros de laço e gineteadas e ainda o lançamento do CD e DVD do festival “O Rio Grande canta o Cooperativismo” edição 2008, que tem a finalidade de promover os valores e princípios do cooperativismo. No palco do Festival estiveram diversos cantores consagrados no meio tradicionalista como João de Almeida Neto, Jairo Lambari Fernandes, Cristiano Quevedo, Angelo Franco, Shana Muller, Pirisca Grecco, Robledo Martins e diversos outros.
De Imbé, a Cavalgada partiu para a praia de Tramandaí, onde foi recebida no antigo Terminal Turístico, com péssima estrutura. A prefeitura de Tramandaí, mais uma vez deixou a desejar. Entre os problemas mais graves do local estavam o acumulo de lixo nos locais destinados aos acampamentos, segurança dos acampamentos e dos animais, e falta de luz e água. Para terminar, o show local que foi oferecido aos participantes, não condizia com a grandeza e com os propósitos do evento, de divulgar as tradições e costumes gaúchos.
Já na quinta-feira Cavalgada partiu para Cidreira, onde foi recebida no Terminal Turístico, com excelentes shows tradicionalistas. A dificuldade deste percurso foi a chuva, que pegou muitos cavalarianos desprevinidos e sem capas de chuva. A esta altura da cavalgada já era possível observar que número de “desistências” não era baixo. Já não se encontravam alguns piquetes, e diversos cavaleiros, traziam cavalos a cabresto (puxados, sem ninguém montado).
Na sexta-feira feira, a Cavalgada deixou Cidreira com destino a Dunas Altas, a ultima parada antes de chegar para o encerramento na granja Vargas em Palmares do Sul. Já em clima de final de festa.
Viamão esteve representado por diversos Piquetes e CTG´s, durante esta edição da Cavalgada. O destaque ficou com o CTG Armada Grande, entidade tradicional na cidade, e que pela primeira vez, foi representada na Cavalgada do Litoral. O piquete do CTG Armada Grande contou com sete participantes a cavalo e mais uma equipe de apoio, que se encarregou de organizar os acampamentos e as refeições da gauchada.
Junto ao piquete do CTG Armada Grande, estava, João Paulo Pacheco dos Reis, aos 68 anos de idade, consagrado Tradicionalista viamonense, fundador e diversas vezes Patrão desta entidade, sempre muito ativo junto a UTV (União Tradicionalista de Viamão) e a 1ª Região Tradicionalista.
No trajeto entre Imbé e Tramandaí, o CTG Armada Grande marcou a presença com algo inédito nesta cavalgada. Durante todo o percurso, três gaiteiros se encarregaram da animação da gauchada, tocando gaita ponto a cavalo, entre eles, o consagrado músico e compositor viamonense Jairo Terra.
O ano que vem tem mais, desta vez, começa em Palmares do Sul e percorre o litoral até chegar a Torres. E nós estaremos lá!

Henrique Noronha
Médico Veterinário
henriquenoronha@pop.com.br

ARTIG PUBLICADO NA "REVISTA VIAMÃO" EM MARÇO DE 2009

Gaúchos e Cavalos

O cavalo e o Gaúcho

“... E eu me orgulho – vos digo com franqueza,
Pois quem não sente orgulho pelo pingo
Não nasceu nestes pagos, com certeza!”
(Vargas Neto)

Não há história neste Estado, que não se fale em cavalo! Mouros, Zainos, ou Rosilhos, em cada capítulo, há sempre um gaúcho a Cavalo!
O Gaúcho a pé, é um assunto “moderno”. Aconteceu com chegada dos Imigrantes, principalmente Italianos e Alemães, povos ligados a terra, lavoureiros de procedência. Não menos gaúchos, nem menos importantes, pelo contrário, em quanto as guerras se faziam em lanças e cargas de cavalarias, eles abasteciam os celeiros na guerra do dia a dia com enxadas e carretas!
Não se sabe bem ao certo como o cavalo chegou por aqui! Fernando O. Assunção, no livro El Gaucho, cita um documento do dia 23 de maio de 1493, em Barcelona, em que os Reis Católicos Isabel e Fernando, ordenam a D. Pedro de Mendoza, o envio de 25 Cavalos e Cavaleiros para a América, e ainda cinco cavalgaduras de reserva, e que estas cinco sejam éguas.
Em 1768, quando os jesuítas foram expulsos, só na região das Missões existia perto de duzentos mil cavalos, mesmo depois dos rebanhos terem sido saqueados pelos índios infiéis que iam até as proximidades dos “Povos” fazer grandes arrebanhamentos para vender aos portugueses. Esta enorme quantidade de cavalos não se explica apenas com estes 30 cavalos trazidos por D. Pedro de Mendoza, visto que as éguas dão apenas uma cria por ano, e destes trinta cavalos, provavelmente apenas os 5 reservas eram éguas, pois para as Cavalarias, se preferiam os Garanhões!
O mesmo Fernando O. Assunção cita que este crescimento populacional exponencial, teve a participação de índios chilenos que trouxeram cavalos “transandinos” dos vales andinos, também de origem Espanhola, e que estes se multiplicaram nas planícies da Pampa Gaucha (Uruguai, Argentina e Rio Grande do Sul).
Se não sabemos como chegaram ao certo, ao menos imaginamos como se desenvolveram! Vastas planícies, campo de sobra para as manadas em desenvolvimento, para com o auxilio da Natureza, forjar o sangue rude e guapo dos Crioulos gaúchos de pura cepa Riograndense, como os “Mouros de Ferro” de D. Martins, alusão aos cavalos “Marca de fisga” das Cabanhas Cinco Salsos de Bagé e Aceguá e La Invernada, do Uruguai, onde predominam as pelagens Moura e Rosilha, e em sua principal característica, a Resistência interminável!
Lá por 1600, aproximadamente, me parece que alguns índios já começavam a desenvolver técnicas para amansar e domar estes cavalos, então “selvagens” para as suas montarias, já que o conflito com os colonizadores era inevitável! Hoje muito se fala em doma racional, “encantadores de cavalos”, açúcar no lugar do chicote, mas os índios já nesta época entendiam de tudo isso!
Domavam de acordo com a natureza de cada individuo, sem bocal nem rédeas, o comando era dado apenas com as pernas e alguns sinais sonoros. O cavalo do índio da Pampa Gaucha, aprendia a galopear boleado (maneado por boleadeiras), galopear com a cabeça tapada, galopear em campos acidentados, banhados, charcos e tacurus, bem como cruzar rio cheio com o índio agarrado a cola, saltar obstáculos ou mesmo permanecer imóvel, por horas a fio, aguardando momento certo para alguma ação!
Talvez daí trazemos esta ligação com o cavalo! Não há povo mais identificado com a figura do Centauro, que o Gaúcho! Nascemos, crescemos e desaparecemos a Cavalo. Ah! Vida perfeita! Arrisco até dizer que por aqui, o cachorro é o segundo melhor amigo do homem, por que o primeiro há de ser o cavalo! Ao menos do homem gaúcho!
O Poeta Guilherme Schultz Filho, em seus versos “Retrato da alma Gaúcha”, expressou de melhor maneira impossível, a importância do cavalo em cada fase da vida do Gaúcho:

“...Em cada ronda da vida
eu tive um pingo de lei...”

Quando ele era menino, além de uma egüinha bragada da cor da alvorada, tinha um peticinho faceiro, overo, com o nome de Fantasia - o alimento de toda criança.
Quando moço:

“Era um ruano - ouro nas crinas!
festejado pelas chinas
que o chamavam “Sedutor”

Já adulto, escolheu um bagual “mouro fanfarrão”, que refletia a sua alma indomável:

“O meu cavalo de guerra, chamava-se "Liberdade"!
Chomico! Quanta saudade, me alvorota o coração!
Era um mouro fanfarrão, crioulo da própria marca
e eu ia como um monarca, na testa do esquadrão”.

Depois, com o passar dos anos, a experiência da velhice lhe fez escolher um picaço bom de trote:

”O cavalo que eu encilho
nesta quadra da existência,
dei-lhe o nome de - “Experiência”.

E o poeta encerra com os seguintes versos:

“E, assim, vou descambando. ao tranco e sem escarcéu...
Sempre tapeado o chapéu, por orgulho de gaúcho
e se Deus me permite o luxo, entro a cavalo no céu!”

O cavalo nos dá assunto pra escrever um jornal inteiro! Mas por que não deixar assuntos para as próximas edições?
Para encerrar, um verso do maior poeta gaucho!

... Tenho certeza no pealo / e laço de toda trança.
Desde os tempos de criança / sempre andei bem a cavalo,
Cacho atado a Cantagalo, / bem sentado no lombilho,
Isso vem de pai pra filho, / é balda da nossa gente
E sempre fui exigente / pra cavalhada que encilho!”
(Jayme Caetano Braun)

Henrique R. Noronha
Médico Veterinário
henriquenoronha@pop.com.br

ARTIG PUBICADO NO "JORNA DA QUERÊNCIA", EM JULHO DE 2009.